Crítica: ‘O Grande Dave’ é perfeito para Eddie Murphy fazer caras e bocas
Comediante faz dois personagens: capitão de nave alienígena e a própria espaçonave.
Filme que estréia nesta sexta-feira (8) faz referência a filmes e séries de TV.
No longa, Murphy é o pequenino capitão da nave espacial que tem a missão de resolver a crise de energia em seu planeta de origem. A tripulação deve achar um objeto parecido com uma bola de beisebol que caiu por engano na casa de uma família nova-iorquina e jogá-lo no mar. A questão é que a bola vai drenar os mares e, além de acabar com o problema de abastecimento deles, destrói a vida na Terra. Uma questão que o capitão, após se acostumar com o nosso jeito de viver, vai ter que decidir. Mas o roteiro não é importante. A trama é só uma desculpa para Eddie Murphy se mostrar. E ele aparece em dose dupla.
A parte mais divertida do filme fica por parte de Murphy "interpretando" a espaçonave, o Dave do título. Feito à imagem e semelhança de seu capitão em miniatura, só que em tamanho GGG, ou seja o nosso tamanho, ele é comandado por diversos homenzinhos do outro planeta. Na Terra, Dave tem que “aprender” a sorrir, a andar, a conversar, a cumprimentar as pessoas... É quando o comediante – um dos melhores de sua geração – pode exercitar suas caras, caretas, trejeitos exagerados e bocas.
Há também as piadas óbvias de filmes desse tipo, como as de choque cultural, e as de máquinas que, de uma hora para outra, se tornam especialistas em uma determinada atividade – como dançar. Claro que, em se tratando de um filme americano, as piadas escatológicas também estão lá, mas em menor escala. Porque, afinal, o filme é para toda a família.
As bolas-foras ficam por conta da animação que mostra os homenzinhos em comparação com os terráqueos. Tosco. E também à grande quantidade de merchandising, de produtos eletrônicos a loja de departamento americano. Com tanto dinheiro, poderiam ter feito, pelo menos, uma animação melhor.
Porém, “Meet Dave” (o título original, em inglês) não chega a ser ruim. Você dá um risinho fraco aqui, outro ali, talvez uma gargalhada em todo o filme. Não incomoda, mesmo que seja um pouco maior que o necessário. Mas não vale o ingresso a preços exorbitantes dos cinemas, nem o aluguel do DVD, muito menos o tempo perdido na TV por assinatura. Para encontrar Dave, é melhor esperar chegar às TVs abertas.
Category: ESTRÉIAS
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