Depois de interpretar músico, Santoro viverá mito do futebol
Ator estudou piano para seu novo filme e, para o próximo, treinará futebol.
Após filmar com Jim Carrey, ele produzirá um longa e pode voltar à TV.
Rodrigo Santoro é o que se pode chamar de um homem mil e uma utilidades. Em seu novo filme, “Os desafinados”, que estréia em 29 de agosto, ele aparece tocando piano, gaita, violão. E cantando. Para o próximo projeto, um filme sobre o jogador Heleno de Freitas, ele pretende aperfeiçoar suas habilidades de boleiro – e já está envolvido numa área totalmente nova: a produção.
Em Nova York, onde esteve neste domingo (10) para a exibição de “Os desafinados” no Cine Fest Petrobras Brasil-NY, o ator falou ao G1 sobre a preparação para seu personagem no filme em exibição para o festival e sobre os planos para o futuro. Depois, curtiu a sessão do filme gratuita, ao ar livre, para cerca de 5 mil pessoas.
“É a história de uma banda que se chamava ‘Os desafinados’. Não é um filme-biografia de nenhum dos grandes músicos da bossa nova, mas é uma história muito bonita, que fala de amizade. São quarto amigos que têm o grande sonho de ir para a América e tocar no Carnegie Hall”, conta Santoro.
No filme, ele, Ângelo Paes Leme, Jair Oliveira e André Moraes formam um quarteto de bossa nova que decide tentar o sucesso nos Estados Unidos, deixando tudo para trás. Sem grana, passando frio e fome, eles encaram juntos todas as dificuldades da vida em um país estrangeiro. Ao grupo, se junta Glória (Claudia Abreu), por quem Joaquim (personagem de Santoro) se apaixona imediatamente e com quem vive um grande amor.
“A música sempre teve uma importância grande na minha vida. O auge da bossa nova não é da minha época, mas cresci com essa influência. Sempre ouvi muito, mas na época das filmagens eu ouvia 24 horas por dia. Como não estamos falando de nenhum personagem específico, minha grande influência foi mesmo a música”.
Além disso, para se preparar para o longa, Santoro teve aulas de piano por mais de um mês, e aprendeu ele mesmo a tocar todas as músicas do filme. “Piano é complexo, mas foi muito rico para mim aprender. Depois, a banda começou a ensaiar. Foi uma troca sensacional”.
O projeto deu tão certo que o quarteto deve se apresentar junto mais vezes, inclusive nas sessões de pré-estréia do filme, no fim deste mês.
Boleiro e produtor
Sobre o filme que terminou de rodar recentemente ao lado de Jim Carrey, “I love you Phillip Morris”, ele não comenta. “Não tenho autorização para falar sobre esse assunto, mas deve ser lançado apenas no ano que vem. Só posso dizer que foi uma participação boa. Filmei com várias pessoas que eu admiro muito, inclusive o Jim Carrey. Os diretores [Glenn Ficarra e John Requa] são os novos Coen”, garantiu.
Santoro foi categórico ao falar de sua carreira internacional. “Meu objetivo é um só: encontrar projetos interessantes. Não há carreira nacional e internacional, minha carreira é uma só”.
O ator – que e vascaíno – começa, no início do próximo ano, a rodar um filme sobre Heleno de Freitas, ex-craque do Botafogo. Se ele é bom de bola? “Jogo toda semana uma pelada com os amigos, mas quando chegar mais perto das filmagens com certeza vou fazer algum treinamento”. O filme terá direção de José Henrique Fonseca, e Santoro estréia em nova área: a produção.
“Vou ser o produtor associado. É um projeto da Video Filmes, da Conspiração e do Rodrigo Teixeira. Mas ainda estamos correndo atrás da captação, e é muito difícil”, lamenta o ator, que ainda pode voltar à televisão neste ano. “Posso fazer uma participação em algo, mas ainda não sei exatamente o que. Tomara que seja um projeto bacana”.
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