Agência de paparazzi é obrigada a pagar indenização para Sienna Miller
Atriz britânica venceu na Justiça processo por danos morais.
Empresa terá de pagar cerca de US$ 80 mil para a atriz.
Uma agência fotográfica foi obrigada a pagar uma indenização de 53 mil libras (cerca de US$ 80 mil) à atriz britânica Sienna Miller, nesta sexta-feira (21). Segundo o advogado da atriz, a decisão da Justiça pode ter implicações significativas para outras celebridades.
Estrela de filmes como "Alfie, o sedutor" e "Uma garota irresistível", Miller processou a agência Big Pictures e seu fundador, Darryn Lyons, alegando que invadiram sua privacidade e foram responsáveis por uma campanha de assédio que tornou sua vida insuportável.
Em junho deste ano, a atriz foi fotografada com os seios à mostra em um iate, ao lado do ator Balthazar Getty - apontado como suposto amante da loira. Na época, o ator era casado com a estilista Rosetta Millington, com quem tem quatro filhos.
Os advogados da atriz disseram que fecharam um acordo com a Big Pictures e Lyons em relação a duas acusações distintas. A agência fotográfica concordou em pagar indenização e as custas judiciais de Miller e também se comprometeu a não fotografá-la em sua casa nem fazer qualquer esforço para persegui-la para tirar fotos.
O anúncio foi feito uma semana depois de a News Group Newspapers, empresa que publica os tablóide "The News of the World" e "The Sun", ter pago 35 mil libras de indenização a Miller por publicar fotos que a empresa admitiu terem infringido sua privacidade.
Detalhes sobre a vida privada e os namoros de Miller aparecem regularmente na imprensa tablóide britânica. Mark Thompson, da firma de advogados Carter-Ruck, que representou Miller, disse que o acordo e o compromisso assumido pela Big Pictures de não mais perseguir a atriz podem ter repercussões importantes para paparazzi e outras celebridades.
Ele disse que relatos na mídia indicam que foi a primeira vez que uma celebridade teve êxito numa ação movida contra fotógrafos, baseada em legislação anti-assédio criada para restringir a ação de perseguidores e de manifestantes em defesa dos direitos dos animais.
Alguns setores na imprensa britânica expressaram o receio de que leis como a Lei dos Direitos Humanos estejam usadas de maneira incorreta para introduzir uma lei de proteção à privacidade pela porta dos fundos.
As críticas se intensificaram após a decisão judicial tomada em julho de conceder indenização por danos ao presidente da Federação Internacional de Automobilismo, Max Mosley, depois da divulgação pela imprensa de seu envolvimento numa orgia sexual sadomasoquista. A indenização foi concedida com base no argumento de que as notícias publicadas na imprensa tinham violado os direitos humanos de Mosley.
Category: Paparazzi
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