Crítica de Cowboys & Aliens
Poucas vezes um título gringo consegue - ao mesmo tempo - entrar no Brasil sem ser traduzido e ser tão literal. Esse filme egresso dos quadrinhos de mesmo nome reúne essa característica, por mais maluco que isso possa parecer. Mas para início de conversa é importante que todo e qualquer preconceito seja colocado de lado porque não dá para encarar essa história, imaginando que a mistura não combina ou algo do gênero.
Feito isso, será mais fácil para o espectador, mesmo sem contato algum com as páginas ilustradas, ser levado pela aventura poeirenta. E uma das razões para isso acontecer está na manutenção de várias características dos tradicionais faroestes. Estão lá belas imagens áridas, trilha sonora no clima, homens sujos, barulho de esporas, tiros e violência, algo que na sequência inicial, inclusive, revelou-se meio pesada, mas foi atenuada mais adiante.
Um homem (Daniel Craig) sem memória chega numa cidade (no melhor estilo "estranho numa terra estranha") e descobre que está sendo procurado pela Justiça. Antes que ele possa ser julgado, porém, um ataque alienígena o faz usar uma misteriosa arma presa em seu pulso. É a deixa para que os inimigos do presente e do passado sejam os heróis do futuro, livrando a terra da ameaça extraterrestre. Achou meio poética a frase? Saiu assim, mas não tem nada de poesia nesta trama.
Nela, o vilão é o milionário (Harrison Ford) que controla os habitantes locais com sua grana e o pulso forte. Ao seu redor existem personagens um pouco caricatos, como os de Sam Rockwell e Paul Dano, que funcionam, mas a mocinha interpretada por Olivia Wilde (a Thirteen do seriado House) é uma das falhas do roteiro. Tudo bem que ela seja misteriosa para o herói, mas nunca despertar a curiosidade dos moradores locais soa muito estranho, até porque tanto na ficção quanto na realidade é impossível não se notar aquele rosto anguloso e o par de olhos límpidos.
O fato é que se você é exigente e analisar friamente a obra, encontrará um monte de detalhes que poderiam ser evitados. O principal é a presença de um bendito cachorro e um menino. Mas os clichês não estão só nessas duas figuras. Eles estão por toda a parte e o interessante é que não comprometem o resultado final. Mérito da edição e do diretor Jon Favreau (Homem de Ferro), que conseguiu impor um bom ritmo, sem dar tempo para que se possa "ruminar" esses detalhes e quando você se dá conta, já está aceitando cada nova licença com mais facilidade que a anterior.
Usando referências de John Wayne, Alien, o 8º Passageiro e Indiana Jones, o humor leve também ajuda a mover a trama para frente. E a certeza que se está diante de uma produção de Steven Spielberg fica evidente, por exemplo, em momentos de boa - e até boba - emoção. Com bons efeitos especiais e som, a possibilidade de se assistir em salas IMAX é algo bem mais atraente do que o desgastado 3D que, felizmente, não abduziu esse longa. Assim, prepare-se para encarar algo diferente e também igual. Ou seja, um legítimo "faroeste alienígena".
Feito isso, será mais fácil para o espectador, mesmo sem contato algum com as páginas ilustradas, ser levado pela aventura poeirenta. E uma das razões para isso acontecer está na manutenção de várias características dos tradicionais faroestes. Estão lá belas imagens áridas, trilha sonora no clima, homens sujos, barulho de esporas, tiros e violência, algo que na sequência inicial, inclusive, revelou-se meio pesada, mas foi atenuada mais adiante.
Um homem (Daniel Craig) sem memória chega numa cidade (no melhor estilo "estranho numa terra estranha") e descobre que está sendo procurado pela Justiça. Antes que ele possa ser julgado, porém, um ataque alienígena o faz usar uma misteriosa arma presa em seu pulso. É a deixa para que os inimigos do presente e do passado sejam os heróis do futuro, livrando a terra da ameaça extraterrestre. Achou meio poética a frase? Saiu assim, mas não tem nada de poesia nesta trama.
Nela, o vilão é o milionário (Harrison Ford) que controla os habitantes locais com sua grana e o pulso forte. Ao seu redor existem personagens um pouco caricatos, como os de Sam Rockwell e Paul Dano, que funcionam, mas a mocinha interpretada por Olivia Wilde (a Thirteen do seriado House) é uma das falhas do roteiro. Tudo bem que ela seja misteriosa para o herói, mas nunca despertar a curiosidade dos moradores locais soa muito estranho, até porque tanto na ficção quanto na realidade é impossível não se notar aquele rosto anguloso e o par de olhos límpidos.
O fato é que se você é exigente e analisar friamente a obra, encontrará um monte de detalhes que poderiam ser evitados. O principal é a presença de um bendito cachorro e um menino. Mas os clichês não estão só nessas duas figuras. Eles estão por toda a parte e o interessante é que não comprometem o resultado final. Mérito da edição e do diretor Jon Favreau (Homem de Ferro), que conseguiu impor um bom ritmo, sem dar tempo para que se possa "ruminar" esses detalhes e quando você se dá conta, já está aceitando cada nova licença com mais facilidade que a anterior.
Usando referências de John Wayne, Alien, o 8º Passageiro e Indiana Jones, o humor leve também ajuda a mover a trama para frente. E a certeza que se está diante de uma produção de Steven Spielberg fica evidente, por exemplo, em momentos de boa - e até boba - emoção. Com bons efeitos especiais e som, a possibilidade de se assistir em salas IMAX é algo bem mais atraente do que o desgastado 3D que, felizmente, não abduziu esse longa. Assim, prepare-se para encarar algo diferente e também igual. Ou seja, um legítimo "faroeste alienígena".
Retirado do site Adoro Cinema
Category: CRÍTICA
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