Morre o cineasta francês Eric Rohmer, um dos expoentes da Nouvelle Vague
Diretor de 89 anos fez longas como 'O raio verde' e 'Minha noite com ela'.
Museu em SP promove ciclo de filmes do cineasta até o final do mês.
O cineasta francês Eric Rohmer, um dos expoentes da Nouvelle Vague, morreu nesta segunda-feira (11) em Paris aos 89 anos, informou a agência de notícias France Presse citando a produtora do diretor Margaret Menegoz.
Entre os filmes assinados por Rohmer estão "A colecionadora" (1967), "Minha noite com ela" (1969), "O joelho de Claire" (1970),"Noites de lua cheia" (1984), "O raio verde" (1986) e a série "Contos das quatro estações", filmada ao longo da década de 1990. Confira a filmografia completa do cineasta.
Um dos maiores expoentes do cinema de arte contemporâneo na França, Rohmer já foi premiado nos principais festivais do cinema indepentende europeu, incluindo Berlim, Veneza e Cannes. Em 1971, foi indicado ao Oscar pelo roteiro de "Minha noite com ela". Sua longa filmografia revelou numerosos atores da nova geração, incluindo Arielle Dombasle, Pascal Greggory e Fabrice Luchini.
Nascido Jean-Marie Maurice Schérer em 1920, Rohmer foi contemporâneo de Jean-Luc Godard, Jacques Rivette, François Truffaut e Claude Chabrol na prestigiada revista de crítica "Cahiers du cinéma", da qual foi editor de 1957 a 1963.
Considerado por muitos um conservador, Rohmer não seguia a moda. "Os filmes de Rohmer nunca contêm artifícios óbvios para chamar atenção, com violência, enquadramentos incomuns ou mesmo trilha sonora", escreve o biógrafo Terry Ballard. "Ele faz filmes que lidam com idiossincrasias e relacionamentos de pessoas realistas e introspectivas", completa.
Seus filmes não eram para todos os gostos. Ao descrever o trabalho do cineasta, o ator Gene Hackman uma vez afirmou: "Eu vi um de seus filmes uma vez; era como assistir a uma pintura secando".
Em resposta a quem o acusava de fazer filmes tediosos, o diretor chegou a dizer: "Se tivesse atores mais caros, se empregasse mais ferramentas técnicas, se tivesse um equipamento mais pesado, meus filmes seriam menos bons".
Ciclo de filmes em São Paulo
No último sábado (9), o Museu Brasileiro da Escultura (Mube), em São Paulo, estreou um ciclo de filmes com a obra do diretor francês. Durante todo o mês de janeiro, sempre aos sábados, são exibidos filmes de Rohmer. No dia 16 é a vez de “Conto de inverno”, às 19h, seguido por “Provas de apoio aos 120” às 21h20.
O ciclo, com exibições grátis, ainda tem "Conto de outono" e "O joelho de Claire" no próximo dia 23 e "Conto de verão" (1996) e o documentário "A fábrica do conto de verão" (2005), de Jean André Fieschi, no dia 30.
O cineasta francês Eric Rohmer, um dos expoentes da Nouvelle Vague, morreu nesta segunda-feira (11) em Paris aos 89 anos, informou a agência de notícias France Presse citando a produtora do diretor Margaret Menegoz.
Entre os filmes assinados por Rohmer estão "A colecionadora" (1967), "Minha noite com ela" (1969), "O joelho de Claire" (1970),"Noites de lua cheia" (1984), "O raio verde" (1986) e a série "Contos das quatro estações", filmada ao longo da década de 1990. Confira a filmografia completa do cineasta.
Um dos maiores expoentes do cinema de arte contemporâneo na França, Rohmer já foi premiado nos principais festivais do cinema indepentende europeu, incluindo Berlim, Veneza e Cannes. Em 1971, foi indicado ao Oscar pelo roteiro de "Minha noite com ela". Sua longa filmografia revelou numerosos atores da nova geração, incluindo Arielle Dombasle, Pascal Greggory e Fabrice Luchini.
Nascido Jean-Marie Maurice Schérer em 1920, Rohmer foi contemporâneo de Jean-Luc Godard, Jacques Rivette, François Truffaut e Claude Chabrol na prestigiada revista de crítica "Cahiers du cinéma", da qual foi editor de 1957 a 1963.
Considerado por muitos um conservador, Rohmer não seguia a moda. "Os filmes de Rohmer nunca contêm artifícios óbvios para chamar atenção, com violência, enquadramentos incomuns ou mesmo trilha sonora", escreve o biógrafo Terry Ballard. "Ele faz filmes que lidam com idiossincrasias e relacionamentos de pessoas realistas e introspectivas", completa.
Seus filmes não eram para todos os gostos. Ao descrever o trabalho do cineasta, o ator Gene Hackman uma vez afirmou: "Eu vi um de seus filmes uma vez; era como assistir a uma pintura secando".
Em resposta a quem o acusava de fazer filmes tediosos, o diretor chegou a dizer: "Se tivesse atores mais caros, se empregasse mais ferramentas técnicas, se tivesse um equipamento mais pesado, meus filmes seriam menos bons".
Ciclo de filmes em São Paulo
No último sábado (9), o Museu Brasileiro da Escultura (Mube), em São Paulo, estreou um ciclo de filmes com a obra do diretor francês. Durante todo o mês de janeiro, sempre aos sábados, são exibidos filmes de Rohmer. No dia 16 é a vez de “Conto de inverno”, às 19h, seguido por “Provas de apoio aos 120” às 21h20.
O ciclo, com exibições grátis, ainda tem "Conto de outono" e "O joelho de Claire" no próximo dia 23 e "Conto de verão" (1996) e o documentário "A fábrica do conto de verão" (2005), de Jean André Fieschi, no dia 30.
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