Disney chega a animação nº 50
'Enrolados', que estreia nesta sexta-feira, traz versão moderna de Rapunzel.
Infográfico mostra os 50 desenhos do estúdio e porque alguns são clássicos.
Em 1937, quando animação ainda era chamada de desenho, a Disney lançava “Branca de neve e os sete anões”, filme que revolucionou o mercado do cinema e até hoje serve de modelo para quem produz longas nesse formato.
Setenta e quatro anos depois, estreia nesta sexta-feira (7) o longa número 50 do estúdio, “Enrolados”, que tem a difícil missão de provar ao mercado (e ao público) que a Disney ainda é referência dentro do gênero, hoje dominado pelos computadores gráficos da Pixar, DreamWorks e Blue Sky.
A história de “Enrolados” é uma versão moderna do conto da Rapunzel: Flynn Rider (voz de Luciano Huck na versão dublada) é um ladrão atrapalhado e com pinta de galã que entra em uma torre para fugir. Lá dentro é raptado por uma bela jovem de longos cabelos dourados mágicos – 21 metros em específico, orgulha-se a Disney. Com razão: a realidade das madeixas impressiona.
Assim como em “A princesa e o sapo” (2009), o estúdio novamente aposta em um conto de fadas, a grande fórmula mágica da empresa, para atrair os espectadores. Crianças, em especial. “A Disney está tentando achar o seu público novamente, pois hoje está atrás da Pixar, da DreamWorks e da Blue Sky. Tradição e legado são importantes, mas público e mercado mudam”, analisa Marcelo de Moura, diretor da Academia e Artes Digitais (artAcademia).
O animador fala com autoridade, pois trabalhou na produção de “Pocahontas”, “Mulan”, Fantasia 2000” e “Tigrão, o filme”, longas da Disney entre a metade e o final da década de 1990. Nessa época ela mantinha uma certa hegemonia do mercado da animação. Apesar de criar clássicos há mais de 70 anos, como “Pinóquio” (1940), “Cinderela” (1950) e “As aventuras do Ursinho Puff” (1977), foi a partir de “A pequena sereia” (1989) que a empresa lançou verdadeiros blockbusters musicais como “Aladdin” (1994) e “O rei leão” (1995).
Mais do que ver nas bilheterias o enorme retorno do investimento desse tipo de produção (a Disney chegou a fechar o departamento de animação cinematográfica em 1963 por não ter lucro com seus desenhos), esses títulos deram vários Oscar à empresa – em especial, de trilha sonora. “A bela e a fera” (1992), inclusive, foi indicado ao Oscar de melhor filme, feito repetido apenas por "Up - altas aventuras" no ano passado.
Foi a partir de “Toy story” (1995) e da criação da DreamWorks (cujo sócio era Jeffrey Katzenberg, executivo responsável pelos grandes sucessos da Disney desde 1984) um ano antes que a Disney passou a perder terreno. Moura lembra da reação do estúdio ao ver a primeira cena, digital, do desenho de Woody e Buzz Lightyear.
“Vi na hora que a animação digital seria o próximo passo. O John Lasseter chegou a entrar na minha sala e me incentivar a provar as possibilidades da computação gráfica”, recorda.
A sugestão não era à toa. Anos depois Moura foi para a Blue Sky e ajudou a criar a série “A era do gelo". Já Lasseter tornou a Pixar uma potência tão forte no mercado da animação que a Disney não teve outra opção a não ser comprar o estúdio em 2006 e nomeá-lo presidente e chefe de criação das duas empresas.
Até 20 anos atrás, era comum assistir a um desenho qualquer e elogiá-lo da seguinte maneira “parece da Disney”. Desde os anos 2000, o elogio passou a ter a Pixar como referência. Com “Enrolados” é assim - e não há nada de mal nisso.
Em 1937, quando animação ainda era chamada de desenho, a Disney lançava “Branca de neve e os sete anões”, filme que revolucionou o mercado do cinema e até hoje serve de modelo para quem produz longas nesse formato.
Setenta e quatro anos depois, estreia nesta sexta-feira (7) o longa número 50 do estúdio, “Enrolados”, que tem a difícil missão de provar ao mercado (e ao público) que a Disney ainda é referência dentro do gênero, hoje dominado pelos computadores gráficos da Pixar, DreamWorks e Blue Sky.
A história de “Enrolados” é uma versão moderna do conto da Rapunzel: Flynn Rider (voz de Luciano Huck na versão dublada) é um ladrão atrapalhado e com pinta de galã que entra em uma torre para fugir. Lá dentro é raptado por uma bela jovem de longos cabelos dourados mágicos – 21 metros em específico, orgulha-se a Disney. Com razão: a realidade das madeixas impressiona.
Assim como em “A princesa e o sapo” (2009), o estúdio novamente aposta em um conto de fadas, a grande fórmula mágica da empresa, para atrair os espectadores. Crianças, em especial. “A Disney está tentando achar o seu público novamente, pois hoje está atrás da Pixar, da DreamWorks e da Blue Sky. Tradição e legado são importantes, mas público e mercado mudam”, analisa Marcelo de Moura, diretor da Academia e Artes Digitais (artAcademia).
O animador fala com autoridade, pois trabalhou na produção de “Pocahontas”, “Mulan”, Fantasia 2000” e “Tigrão, o filme”, longas da Disney entre a metade e o final da década de 1990. Nessa época ela mantinha uma certa hegemonia do mercado da animação. Apesar de criar clássicos há mais de 70 anos, como “Pinóquio” (1940), “Cinderela” (1950) e “As aventuras do Ursinho Puff” (1977), foi a partir de “A pequena sereia” (1989) que a empresa lançou verdadeiros blockbusters musicais como “Aladdin” (1994) e “O rei leão” (1995).
Mais do que ver nas bilheterias o enorme retorno do investimento desse tipo de produção (a Disney chegou a fechar o departamento de animação cinematográfica em 1963 por não ter lucro com seus desenhos), esses títulos deram vários Oscar à empresa – em especial, de trilha sonora. “A bela e a fera” (1992), inclusive, foi indicado ao Oscar de melhor filme, feito repetido apenas por "Up - altas aventuras" no ano passado.
Foi a partir de “Toy story” (1995) e da criação da DreamWorks (cujo sócio era Jeffrey Katzenberg, executivo responsável pelos grandes sucessos da Disney desde 1984) um ano antes que a Disney passou a perder terreno. Moura lembra da reação do estúdio ao ver a primeira cena, digital, do desenho de Woody e Buzz Lightyear.
“Vi na hora que a animação digital seria o próximo passo. O John Lasseter chegou a entrar na minha sala e me incentivar a provar as possibilidades da computação gráfica”, recorda.
A sugestão não era à toa. Anos depois Moura foi para a Blue Sky e ajudou a criar a série “A era do gelo". Já Lasseter tornou a Pixar uma potência tão forte no mercado da animação que a Disney não teve outra opção a não ser comprar o estúdio em 2006 e nomeá-lo presidente e chefe de criação das duas empresas.
Até 20 anos atrás, era comum assistir a um desenho qualquer e elogiá-lo da seguinte maneira “parece da Disney”. Desde os anos 2000, o elogio passou a ter a Pixar como referência. Com “Enrolados” é assim - e não há nada de mal nisso.
Category: Disney/classicos/pixar/pictures, enrolados, News, walt disney
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